sexta-feira, 17 de setembro de 2010

saímos

pensar na cidade como mote fundamental para a criação:

sua memória, arquitetura, fluxos afetivos que se relacionam com essa arquitetura

pensar nos fluxos dos trajetos traçados e como problematizá-los, rompe-los. pensar em rompimentos do tráfego, rupturas.

o que deve ser desenvolvido e justamente os mecanismos de produzir essas rupturas e de como registrá-las.

lembrem-se dos exemplos dados, são só algumas poucas possibilidades.

pensar na metrópole como um espaço de contradições:

o caos e as interferências x a necessidade de sublimação.


(Be)se não sublimar-mos ficamos estagnados e perplexos pelo medo?

o espaço público está povoado de vigilância. Estamos sendo o tempo inteiro vigiados, não só nas ruas apenas, mas também pelos sistemas de "televigilância", mesmo assim vislumbramos nas nossas trajetórias diárias espaços individuais.

público x privado?

como é possível?


problematizar mais essas contradições.



criem seus mecanismos, pensem em tranferí-los para a cena.


como.

e trazer a trajetória do espaço urbano para o espaço cênico - vamos falar um pouco mais sobre isso.

...
espero vocês dia 17.

Temos a Vianinha por hoje.
Ensaio de arrebatamento desmarcado. A Bel lembrou.
Reservar o projetor, remarcar com todos. Conferir se todos estão prontos, bater um papo com o Capello. Ver o que precisa para que quase tudo fique nos conformes.

Chegamos. Café, espera.

Preciso sair da sala para que todos se organizem e vejam pela primeira vez o trabalho que fizeram retrabalhado.
Um pede, um sai, um escreve, um edita, um faz charme. Todos pensam, todos fazem. Todos falam.

A Bel estava agitada. Ela anda agitada. Ela anda linda e as vezes acha que não. Lá estava ela, com um rascunho para o espaço que teremos em dezembro. Ruiva, andando pelas ruas do rio de Janeiro. Entregue aos fluxos, as pessoas, ao movimento. Atenta sem prever muito que virá depois.
Ela se permitia o desabafo sem saber bem como reagiríamos, até onde estaríamos com ela. Mas era tão bonita e sincera que ali ficamos, ficaríamos por muitas horas se preciso fosse. Eram muitas palavras, ruídos, movimentos, tudo ali, presentificado naquele espaço.

O Be chamou uma galera. Sozinho sem dúvida é mais difícil. E já é tão difícil, as vezes é bom o alguma espécie de conforto, de pulsão extra. Isso pode e deve nos permitir mais presenças, atravessamentos.
E lá estava ele, completamente atravessado, dilacerado. SE víssemos apenas o processo não acreditaríamos que ele estava morrendo.
Mas estava e talvez nunca tenhamos tido um olhar sobre a pulsão de vida como tivemos naquele momento.
Seu fracasso era nosso também. Suas dores, Seus amores. Tudo ali, naquele corpo que ía ao meu encontro. Nas mãos cheias de medo.
No terror.

Estamos todos aterrorizados e ficamos falando sobre o sublime, tentando dar algum sentido para nossos corpos, para nossas ações.
Choro com vocês aqui, nesse momento. Estou e quero estar junto, colado, sempre e cada vez mais que o medo se aproxima, renovando meu olhar e nos fazendo mais presentes.

Vamos nós, 2, 3, 4, 5...quantos for. Estarei contigo.

e espero.
seguimos.

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